X
XLinkedinWhatsAppTelegramTelegram
0
Leia este artigo em:

Diagnóstico laboratorial: Doença de Aujeszky (Pseudoraiva - PRV)

Que métodos de diagnóstico laboratorial posso usar para diagnosticar a doença de Aujeszky? Qual devo escolher de acordo com a situação? Como interpreto os resultados?

Suíno na posição de "cachorro sentado"
Suíno na posição de "cachorro sentado"

Testes disponíveis:

Imunohistoquímica (IHC)

  • Detecta a presença de antígenos virais.
  • Tipos de amostra: tecidos.
  • Prós:
    • Detecta o vírus no local da lesão (bom teste de causalidade).
    • Qualquer resultado positivo é considerado significativo.
  • Contras:
    • A amostra de tecido correta tem que ser enviada.
    • Requer que tenha uma quantidade significativamente maior de vírus do que o PCR.
    • Ele só avalia uma pequena quantidade de tecido.
    • Infecções latentes provavelmente serão negligenciadas a menos que o nervo trigêmeo e/ou amígdalas estejam incluídos.

Reação em cadeia da polimerase (PCR)

  • Detecta a presença de sequências específicas de ácido nucleico viral (DNA).
  • Tipos de amostras: tecidos.
  • Prós:
    • Alta sensibilidade. A quantificação por PCR se associa com a presença de lesões.
    • Custo moderado:
      • Amostras de tecido podem muitas vezes ser combinadas para reduzir custos e minimizar a perda de sensibilidade (especialmente no que diz respeito à relevância clínica).
    • Alguns testes de PCR podem diferenciar entre vírus de vacina com genes e infecção por vírus do ambiente.
  • Contras:
    • Requer amostras de tecido (pos-mortem) para melhores resultados.
    • Infecções latentes provavelmente serão negligenciadas a menos que o nervo trigêmeo e/ou amígdalas estejam incluídos.

Ensaio por imunoabsorção ligado a enzimas (ELISA)

  • Detecta a presença de anticorpos.
  • Tipos de amostras: soro.
  • Prós:
    • Os animais permanecem positivos por várias semanas.
    • Pode ser usado em casos crônicos.
    • Pode ser usado para diferenciar a exposição do vírus do ambiente ao de vacinas com genes selecionados (ver Tabela 1).
    • Qualquer resultado positivo para o vírus do ambiente é considerado significativo.
    • Leva apenas 5 a 7 dias para os animais se tornarem soropositivos após a exposição ao vírus do ambiente.

Tabela 1. Demonstra as capacidades DIVA (diferenciação entre animais infectados de vacinados) de alguns ensaios ELISA ao usar uma vacina com genes selecionados.

Resultado VN Resultado diferencial ELISA direcionado ao gene desmarcado gE/g1 ou gB Interpretação
Positivo Positivo

Animal exposto ao vírus do ambiente

Positivo Negativo Animal vacinado não exposto ao vírus do ambiente
Negativo Positivo Erro de teste, este resultado não é possível
Negativo Negativo Animal não vacinado e não exposto ao vírus do ambiente
  • Contras:
    • O ensaio adequado precisa ser combinado com a delegação genética apropriada na vacina.
    • Os animais levam de 10 a 14 dias para se tornarem soropositivos após a vacinação.

Neutralização viral (VN)

  • Detecta a presença de anticorpos.
  • Tipos de amostras: soro.
  • Prós:
    • Os animais permanecem positivos por várias semanas.
    • Pode ser usado em casos crônicos.
    • Sensibilidade maior do que ELISA (pode detectar uma menor concentração de anticorpos).
  • Contras:
    • Não é viável para um grande número de amostras.
    • Leva 12 dias para os animais se tornarem soropositivos.
    • Não distingue entre vacinação e infecção por vírus do ambiente.
    • A confiabilidade depende muito da habilidade dos técnicos.
    • A reatividade depende do isolado do vírus utilizado.

Interpretação dos resultados:

IHC

  • Positivo: O vírus está presente no local da lesão.
  • Negativo: Negativo ou infecção muito antiga para detectar o vírus.

PCR

  • Positivo: O vírus está presente. A vacinação recente com um vírus modificado vivo pode resultar em PCR positivo.
  • Negativo: Negativo ou o vírus não é detectado se o teste for realizado muito tempo após a infecção.

ELISA (gene alvo deletado)

  • Positivo: Anticorpos maternos ou exposição prévia (>5-7 dias) ao ambiente com vírus.
  • Negativo: Negativo ou infecção muito recente para ser detectado.

VN

  • Positivo: Exposição prévia (> de 5 a 14 dias) à vacina ou ao vírus no ambiente.
  • Negativo:
    • Negativo para vacina ou vírus no ambiente.
    • Infecção muito recente para ser detectada (<5-7 dias para vírus do ambiente ou <10-14 dias para a vacina).

Cenários

Granja de reprodutoras com abortos

  • Coletar 6-8 fetos para fazer um pool de amostras para PCR.
  • Reprodutoras/marrãs que abortaram: Coletar soro de fêmeas/marrãsque abortaram recentemente para testes de PCR. Pode-se fazer grupos de 5.
    • Testes de Elisa podem ser realizados em amostras individuais se >7 dias após o aborto.
    • Em granjas não vacinadas contra a doença de Aujeszky é preferível realizar VN em vez de ELISA devido à maior sensibilidade diagnóstica do teste.

Seleção de marrãs de reposição em granjas vacinadas com animais positivos conhecidos

  • Coletar amostras de sangue de 100% das marrãs de reposição e analisar individualmente utilizando ELISA e VN.
    • Mantenha-se apenas animais positivos para VN e negativos para ELISA (ver Tabela 1 acima).

Seleção de marrãs de reposição de granjas vacinadas sem animais positivos conhecidos

  • Coletar amostras de sangue de pelo menos 30 fêmeas selecionadas aleatoriamente e analisar individualmente usando ELISA e VN.
    • Se todas as amostras analisadas forem positivas para VN e negativas para ELISA (ver Tabela 1 acima), você pode manter todos os animais na reposição.
    • Se alguma amostra for negativa à VN, 100% dos marrãs restantes deverão ser testadas e apenas as marrãs vacinadas (VN = positivo) devem ser mantidas.
    • Se alguma das marrãs for positiva para a ELISA, reavalie o valor de permanência de qualquer animal no grupo, pois o resultado sugere que a granja de origem agora é positiva para a doença de Aujeszky.

Consulte o ''guia de enfermidades'' para mais informações

Doença de AujeszkyA doença de Aujeszky é causada por um vírus que pode permanecer em latência, causando problemas respiratórios, reprodutivos e no sistema nervoso.

Comentários ao artigo

Este espaço não é um local de consultas aos autores dos artigos, mas sim um local de discussão aberto a todos os usuários da 3tres3.
Insira um novo comentário

Para realizar comentários é necessário ser um usuário cadastrado da 3tres3 e fazer login:

Você não está inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.br

Faça seu login e inscreva-se na lista

Artigos relacionados

Bem vindo a 3tres3

Conecte-se, compartilhe e interaja com a maior comunidade de profissionais da suinocultura.

Já somos 138173 Usuários!

Cadastre-seJá é usuário?

tags

Você não está inscrito na lista A web em 3 minutos

Um resumo semanal das novidades da 3tres3.com.br

Faça seu login e inscreva-se na lista