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Diagnóstico laboratorial: Parvovírus suíno

Quais métodos de diagnóstico laboratorial posso usar para diagnosticar Parvovirose? Qual devo escolher dependendo da situação? Como interpreto os resultados?

Testes disponíveis:

Anticorpos imunofluorescentes (IFA)

  • Detecta a presença de antígeno viral.
  • Tipos de amostras: tecidos (abortos ou fetos mumificados).
  • Prós:
    • Detecta vírus em fetos abortados ou mumificados (boa evidência de causalidade).
    • Qualquer resultado positivo se considera significativo.
  • Contras:
    • Alguns tecidos mumificados estão muito decomposto para detectar o vírus.
    • Requer significativamente mais vírus presente em comparação com a PCR.
    • A infecção viral geralmente ocorre várias semanas antes do aborto ou do parto de fetos mumificados.

Reação em cadeia de polimerase (PCR)

  • Detecta a presença de uma sequência específica de ácido nucleico viral (DNA).
  • Tipos de amostras: tecidos.
  • Prós:
    • Alta sensibilidade.
    • Custo moderado:
      • Muitas vezes, as amostras de tecido podem ser agrupadas para reduzir custos e minimizar a perda de sensibilidade (especialmente no que diz respeito à relevância clínica).
  • Contras:
    • Requer amostras de tecido de abortos ou fetos mumificados para obter melhores resultados.
    • Alguns tecidos mumificados estão muito decompostos para detectar o vírus.

Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA)

  • Detecta a presença de anticorpos.
  • Tipos de amostra: soro.
  • Prós:
    • Os animais permanecem positivos por vários meses ou anos.
    • Capaz de analisar um grande número de animais.
    • Os animais vacinados produzem níveis de anticorpos significativamente mais baixos em comparação com as infecções de campo.
    • Leva apenas 6-10 dias para os animais se tornarem soropositivos.
  • Contras:
    • A soroprevalência é alta porque o patógeno é comum.
    • Alguns ELISAs não diferenciam entre vacinação e exposição a vírus de campo.
      • As vacinas inativadas apenas estimulam anticorpos contra proteínas estruturais (VP1/VP2).
      • O ELISA diferencial tem como alvo proteínas não estruturais (NS).

Inibição da hemaglutinação (HI)

  • Detecta a presença de anticorpos.
  • Tipos de amostras: soro.
  • Prós:
    • Os animais permanecem positivos por vários meses ou anos.
    • Maior sensibilidade do que ELISA (pode detectar menor concentração de anticorpos).
    • Os animais vacinados produzem níveis de anticorpos significativamente mais baixos em comparação com as infecções de campo.
      • Vacina geralmente ≤ 1:500
      • Infecção de campo ≥ 1:2000
    • Os animais tornam-se soropositivos 6 dias após a infecção.
  • Contras:
    • Não é viável para um grande número de amostras.
    • A confiabilidade depende muito da habilidade dos técnicos.
    • A reatividade depende da temperatura de incubação.

Interpretação de resultados:

IFA

  • Positivo: O vírus está presente no feto.
  • Negativo: Negativo ou a infecção ocorreu no início da gestação e é tarde demais ou o tecido está muito decomposto para detectar o vírus.

PCR

  • Positivo: O vírus está presente no feto.
  • Negativo: Negativo ou a infecção ocorreu no início da gestação e é tarde demais ou o tecido está muito decomposto para detectar o vírus.

ELISA (ELISA diferencial)

  • Positivo:
    • Valores baixos: exposição anterior (>6 dias) da vacinação.
    • Valores altos: exposição recente do vírus de campo.
  • Negativo: Negativo ou infecção de campo muito recente para detectar.

HI

  • Positivo:
    • Valores baixos: exposição anterior (>6 dias) da vacinação.
    • Valores altos: exposição recente do vírus de campo.
  • Negativo: Negativo ou infecção de campo muito recente para detectar.

Casos clínicos:

Granja de matrizes com infertilidade e fetos mumificados:

  • Colete 4-8 fetos (fetos mumificados alvo) e reúna amostras para teste de PCR.
  • Matrizes/marrãs abortadas: Colete soro das fêmeas afetadas
    • Se os títulos de HI forem ≥ 1:2000 – confirmar infecção viral recente.
    • Caso contrário, repita o teste em 2-4 semanas e compare os títulos ao longo do tempo procurando um aumento de duas vezes.
Infertilidade e fetos mumificados por Parvovirose.
Infertilidade e fetos mumificados por Parvovirose.

Granja de matrizes cm infertilidade e sem fetos mumificados:

  • Colete o soro de matrizes afetadas e não afetadas e repita o teste nos mesmos animais em 2-4 semanas.
    • Se os títulos de HI forem ≥ 1:2000 – confirmar infecção viral recente.
    • Caso contrário, compare os títulos ao longo do tempo procurando um aumento de duas vezes.
  • Avaliar a distribuição de partos de animais afetados.
    • A infecção por parvovirose é mais comum em animais de 1º ou 2º parto, pois animais mais velhos são mais propensos a já terem proteção.

Consulte o ''guia de enfermidades'' para mais informações

ParvoviroseO parvovírus afeta principalmente as porcas primíparas e não vacinadas causando problemas reprodutivos, especialmente leitões.

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