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Projeções para a campanha de milho e soja 2022/2023 a setembro de 2022

Em relação aos relatórios de agosto, as estimativas globais do USDA para milho e soja são menores em termos de produção, comércio internacional e estoques finais. Nesse sentido, foram feitos cortes consideráveis ​​na produção de grãos nos Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia. Enquanto, para a oleaginosa, projeta-se uma queda na safra norte-americana.

22 Setembro 2022
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Fonte: USDA. WASDE 12 de setembro 2022. Valores em milhões de toneladas.
Fonte: USDA. WASDE 12 de setembro 2022. Valores em milhões de toneladas.

Os destaques apresentados abaixo são dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 12 de setembro:

Milho

  • A produção mundial de milho atingiria 1.172,6 milhões de toneladas (Mt), valor que representa uma queda de 3,9% em relação ao ciclo 2021/22 (1.219,8 Mt). Isso se deve à diminuição da produção nos Estados Unidos, União Europeia e Ucrânia.
  • Para os Estados Unidos, a produção ficaria em torno de 354,2 Mt, caindo 7,7% em relação à campanha anterior (383,9 Mt), enquanto a China aumentaria sua colheita em 0,5%, atingindo 274 Mt. Por sua vez, a União Europeia diminuiria 17,2 % com 58,8 Mt, enquanto a Ucrânia, com 31,5 Mt, apresentaria um decréscimo de 25,2%.
  • As estimativas de produção para as lavouras da América do Sul não apresentaram alterações em relação ao relatório de agosto, com o Brasil mantendo um crescimento de 8,6% com 126 Mt e para a Argentina um aumento de 3,8% com 55 Mt.
  • As exportações mundiais de grãos diminuiriam 9,7%, passando de 203,3 Mt na campanha 2021/22 para 183,6 Mt no novo ciclo. Isso se deve, em grande parte, à queda nas exportações da Ucrânia (-50,0%), da União Europeia (-53,4%) e dos Estados Unidos (-8,1%).
  • A oferta exportável da América do Sul permanece inalterada em relação ao relatório de agosto, aumentando 5,6% para o Brasil com 47 Mt e 5,1% para a Argentina com 41 Mt.
  • A China exigiria importações de milho por 18 Mt, o que significa uma queda de 21,7% em relação à campanha anterior (23 Mt). Vietnã, Irã, União Europeia e México aumentariam suas importações em 16,3%, 11,8%, 2,7% e 1,1% respectivamente.
  • Os estoques finais cairiam 2,4% em todo o mundo, situando-se em 304,5 Mt. De fato, para a União Europeia, Estados Unidos e Rússia, seus estoques cairiam 23,8%, 20,01% e 16,2%, respectivamente.

Soja

  • A produção mundial de soja para a campanha 2022/23 aumentaria 10,3% em relação ao ciclo anterior, passando de 353,2 para 389,8 Mt respectivamente.
  • As estimativas para as safras sul-americanas não apresentaram alterações em relação ao relatório de agosto. Exatamente, a safra brasileira chegaria a 149 Mt, número que representa um aumento de 18,3% em relação ao ciclo anterior (126 Mt), enquanto para a Argentina é esperado um aumento de 15,9% com uma produção de 51 Mt.
  • Neste novo relatório, projeta-se uma safra de 119,2 Mt para os Estados Unidos, o que representaria uma queda de 1,3% em relação ao ciclo 2021/22, quando foram atingidos 120,7 Mt.
  • A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 89 Mt, crescendo 11,3% em relação ao ciclo anterior (80 Mt), enquanto os Estados Unidos atingiriam um volume de exportação de 56,7 Mt, valor que representa uma queda de 2,8% em relação até a última safra (58,4 Mt).
  • A China importaria 97 Mt, crescendo 7,8% em relação ao ciclo 2021/22.
  • Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 10,3% globalmente, situando-se em 98,9 Mt. No entanto, para os Estados Unidos e China, seus estoques cairiam 16,7% e 0,9% na ordem.

Redação Departamento de Economia e Inteligência de Mercados 333 América Latina, com dados de: USDA | Estados Unidos. https://apps.fas.usda.gov/

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