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Meia-vida do vírus da Peste Suína Africana em carregamentos de ração

Para nove ingredientes de ração expostos a condições de transporte de 30 dias, a meia-vida variou de 9,6 a 14,2 dias.

26 Março 2021
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Desde a introdução, em 2013, do vírus da Diarreia Epidêmica Suína, nos Estados Unidos, os alimentos para animais e os seus ingredientes foram reconhecidos como rotas potenciais para a disseminação transfronteiriça de doenças suínas.

Para determinar a sobrevivência do vírus durante o transporte transoceânico, a meia-vida do vírus foi calculada em nove ingredientes das rações expostos a condições de transporte de 30 dias. A meia-vida variou de 9,6 a 14,2 dias, o que indica que o ambiente da matriz alimentar promove a estabilidade do vírus.

Uma câmara ambiental simulou um transporte transatlântico de 30 dias, com as condições de umidade e temperatura ambiente flutuante a cada 6 horas. Foram adicionados 5 g de cada ingrediente de ração irradiada com raios gamma a tubos cônicos de 50 ml antes de os inocular com 100 µL de 105 doses infecciosas de 50% de cultura tissular (TCID50) do PSAv, Georgia 2007/1.

Os controles negativos consistiram em amostras de ração em forma farelada com 100 µL de solução salina estéril tamponada com fosfato (PBS) adicionada. Os controles positivos consistiram em 5 ml de meio RPMI 1640 sem ração com 100 µL de 105 TCID50 PSAv. Foram organizadas amostras por duplicado em quatro lotes replicados que representaram quatro pontos de tempo e foi simulado o modelo de transporte transatlântico em dois períodos separados de 30 dias. Foram testadas as amostras para PSAv nos dias 1, 8, 17 e 30 pós-contaminação. A primeira amostra foi recolhida 1 dia pós-contaminação para permitir que o vírus estabilizasse dentro de cada matriz. O PSAv foi quantificado por titulação do vírus.

Todas as amostras inoculadas com PSAv mostraram quantidades detectáveis de PSAv infeccioso. A estimativa da meia-vida média no controle positivo RPMI foi mais curta que a de todos os ingredientes analisados: 8,3 + 0,3 dias (IC 95% 7,7-9,0 dias). A meia-vida do vírus foi mais longa na ração completa: 14,2 + 0,8 dias (IC 95%: 12,4-15,9 dias). É de destacar que para o bagaço de soja convencional versus biológico, a meia-vida do PSAv difere em > 3 dias: 9,6 + 0,4 dias (bagaço de soja convencional) e 12,9 + 0,6 dias (bagaço de soja biológico). A relativa estabilidade na ração pode ser o resultado de um conteúdo variável de proteína, gordura ou umidade entre os ingredientes. Em geral, a meia-vida do PSAv em todos os ingredientes da ração para animais foi de 12,2 dias.

Stoian, A., Zimmerman, J., Ji, J., Hefley, T. J., Dee, S., Diel, D. G....Niederwerder, M. C. (2019). Half-Life of African Swine Fever Virus in Shipped Feed. Emerging Infectious Diseases, 25(12), 2261-2263. https://dx.doi.org/10.3201/eid2512.191002.

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