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Persistência do PRRSV em granjas de matrizes vacinadas

A seleção de variantes do vírus com maior transmissão e menor suscetibilidade à neutralização, juntamente com introduções laterais, pode explicar a persistência do PRRSV em granjas de reprodutoras vacinadas.

16 Setembro 2025
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Objetivo: Este estudo investiga a dinâmica evolutiva a longo prazo do vírus da síndrome reprodutiva e respiratória suína tipo 1 (PRRSV-1) em uma granja suína endemicamente infectada e vacinada.

Métodos: Durante um ano e meio, leitões de sete lotes de uma granja com 300 matrizes vacinadas contra o PRRSV foram monitorados por RT-qPCR, desde o nascimento até as nove semanas de idade. Oitenta e cinco amostras positivas ao PRRSV foram submetidas à sequenciação completa do genoma e 251 amostras à sequenciação do ORF5. Foi analisado o impacto das variantes do PRRSV específicas da granja sobre os anticorpos anti-PRRSV por meio de ELISA e ensaios de anticorpos neutralizantes. Também foram avaliadas a cinética de replicação e a capacidade de inibição de citocinas (IFN-α e TNF-α) dessas variantes em macrófagos alveolares suínos.

Resultados: O estudo revelou flutuações na incidência do PRRSV-1 nas salas de maternidade e transição, atribuíveis a dois eventos evolutivos-chave: o surgimento de uma variante de escape e a introdução lateral de uma nova cepa. Inicialmente, a variante α da cepa 1 foi rapidamente substituída pela variante 1β (99,5% de similaridade genômica), com vinte e cinco mutações de aminoácidos, principalmente em nsp1α, GP2, GP3 e GP5, incluindo um novo sítio de glicosilação e uma deleção adjacente ao epítopo de neutralização de GP5. Essa mudança para 1β se correlacionou com maior incidência na fase de transição e cargas virais mais altas, sendo observada menor capacidade de neutralização contra 1β em soros de animais expostos a 1α. Nos ensaios in vitro, a variante 1β mostrou maior replicação em macrófagos alveolares suínos, sem diferenças na resposta de IFN-α ou TNF-α. Posteriormente, surgiu uma nova cepa (cepa 2, 83,3% de similaridade com a cepa 1), o que provocou um novo aumento da incidência devido à baixa reatividade cruzada com os anticorpos gerados previamente.

Conclusão: O estudo evidencia a rápida adaptabilidade do PRRSV e os desafios para controlar sua disseminação, o que reforça a necessidade de vacinas e estratégias de erradicação mais eficazes.

Clilverd H, Li Y, Martín-Valls G, Aguirre L, Martín M, Cortey M, Mateu E. Selection of viral variants with enhanced transmission and reduced neutralization susceptibility alongside lateral introductions may explain the persistence of porcine reproductive and respiratory syndrome virus in vaccinated breeding herds. Virus Evolution. 2024: veae041. https://doi.org/10.1093/ve/veae041

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