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Vídeo sobre colostragem sequencial: A importância das primeiras horas

Se queremos garantir a quantidade necessária de colostro por leitão e ajudar os leitões menores a consegui-lo, deve-se trabalhar o colostragem sequencial.

Hoje está plenamente demonstrada a importância do leitão ingerir o colostro:

  • Da sua própria mãe;
  • Nas primeiras horas após o parto.

Aqui temos dois bons artigos que nos falam sobre a importância do colostro, sua composição e a quantidade mínima a ser ingerida: 178 gramas de colostro por quilo de peso vivo:

Com uma produção atual média entre 3,6 e 4 quilos de colostro por fêmea, se queremos garantir a quantidade necessária de colostro por leitão e ajudar os leitões menores a consegui-lo, só há uma coisa que podemos fazer, trabalhar a colostragem sequencial.

A colostragem sequencial se resume em separar uma parte da leitegada e envolvê-la em uma fonte de calor por um tempo enquanto os outros leitões vão ingerir o colostro.

Figura 1. Leitões fechados parcialmente  no escamoteador.
Figura 1. Leitões fechados parcialmente  no escamoteador.

A pergunta é, como eu faço isso? Neste vídeo e neste artigo, contamos a você dois cenários diferentes e como fazer em cada um deles.

1. Chegamos na granja e a matriz acabou de parir sozinha:

A primeira coisa que devemos fazer ao entrar na maternidade, é verificar as fêmeas que estão parindo e as que pariram durante a noite para poder atender rapidamente os leitões.

Se a matriz já acabou de parir, observamos se os leitões ainda estão úmidos ou, pelo contrário, estão todos secos, posicionados e já ingerindo o colostro. Isso nos dará uma ideia se a fêmea terminou de parir recentemente ou algumas horas atrás.

Um leitão que perdeu muita temperatura corporal terá grande dificuldade em conseguir mamar corretamente.

Para que os leitões consigam ingerir o colostro corretamente, sua temperatura corporal deve estar adequada.

Figura 2. Diferença térmica de leitões recém-nascidos.
Figura 2. Diferença térmica de leitões recém-nascidos.
  • Estão todos secos e mamando: Nesse caso, o normal é que, se for uma leitegada grande, os menores tenham dificuldade de acesso a uma teta, então, para facilitar isso e que eles consigam ingerir o colostro bem:
    • Separamos os leitões maiores e os fechamos no escamoteador com fonte de calor.
    • Anotamos a hora em que fazemos isso.
    • Se houver um leitão distraído, precisamos aproximamo-lo das tetas da mãe.
    • Entre 1 hora e 1h30 depois podemos voltar e soltar os leitões maiores, para que voltem a mamar.
  • Estão ainda úmidos: Neste caso, é normal termos leitões descoordenados que não conseguem aproximar-se do úbere da matriz, então faremos:
    • Recolhemos os leitões menores e mais úmidos e os colocamos no escamoteador, sempre com uma fonte de calor.
    • Anotamos a hora em que fazermos esse processo.
    • Deixamos os outros mamando e, uma hora depois, quando os pequenos estão secos, trocamos pelos que deixamos de fora. Desta forma, eles poderão abordar a sucção com muito mais facilidade.
    • Anotamos novamente o tempo e entre 1 hora e 1h30 depois podemos soltá-los novamente e deixar toda a leitegada junta.

2. Estamos na granja enquanto a matriz pari: Acompanhamos o parto

Num outro artigo vamos revisar o acompanhamento do parto e demais manejos do leitão, neste focamos na colostragem sequencial, mas para isso temos que anotar e acompanhar o processo do parto, precisamos utilizar um arquivo ou papel para nos auxiliar.

Figura 3. Folha de monitoria de parto.
Figura 3. Folha de monitoria de parto.

É preciso lembrar que, nas primeiras horas, o mais importante é que o leitão faça a ingestão do colostro o quanto antes, então qualquer outro procedimento que dificulte deve ser deixado para outra hora.

A cada 40 minutos, no máximo, passaremos pelas matrizes que estão em trabalho de parto e:

  • Anotaremos quantos leitões têm, se nasceram vivos ou mortos e também se temos que assistir ao parto.
  • Recolhemos os leitões recém-nascidos e úmidos e os colocamos imediatamente no escamoteador com uma fonte de calor e pó secante (também podemos secá-los antes) Idealmente, ao colocar no escamoteador, marcamos no dorso com um giz colorido.
    Figura 4. Leitão no escamoteador com pó de secagem.
    Figura 4. Leitão no escamoteador com pó de secagem.
  • 40 minutos depois voltamos e retiramos do escamoteador os leitões já secos. Se nasceu outro leitão, fazemos o mesmo processo: colocamos no escamoteador, anotamos e marcamos.
  • Não devemos deixar os leitões no escamoteador por mais de 90 minutos, pois também precisamos que eles possam mamar o mais rápido possível.

NOTA: Se o leitão recém-nascido estiver um pouco úmido, mas for grande e já estiver mamando corretamente, podemos secá-lo um pouco e deixá-lo ingerindo o colostro diretamente.

  • Uma vez que o último leitão tenha nascido e esteja dentro do escamoteador com a fonte de calor por pelo menos 40 minutos, deixaremos todos os leitões marcados do lado de fora e os colocaremos nas tetas e trancaremos esses leitões grandes por pelo menos pelo menos 1 hora, já que conseguiram o colostro sem problemas. Desta forma garantimos que os leitões menores cheguem a uma teta para ingerir o colostro.
Figura 5. Leitões marcados mamando.
Figura 5. Leitões marcados mamando.
  • Devemos anotar todos os processos para que saibamos exatamente o tempo de cada um deles.

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FAQs

Qual é a quantidade mínima de colostro que se recomenda que um leitão deva ingerir por quilo de peso vivo?

Recomenda-se que um leitão ingira, pelo menos, 178 gramas de colostro por quilo de peso vivo para assegurar o seu correto desenvolvimento e proteção imunológica.

O que é colostragem sequencial em leitões?

Consiste em separar uma parte da leitegada e envolvê-la em uma fonte de calor por um tempo enquanto os demais leitões ingerem o colostro.

Qual é o objetivo da colostragem sequencial em leitões?

A colostragem sequencial tem como objetivo garantir que os leitões recém-nascidos ingiram a quantidade necessária de colostro e a ajudar os leitões menores a alcançá-la.

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