[Entrevista] Protocolos de vacinação de suínos contra Mycoplasma hyopneumoniae

01-Abr-2022
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Por Andrea Panzardi - Especialista Técnica Aves e Suínos Ouro Fino Saúde Animal

Marcela Manduca: A biosseguridade não se aplica somente ao Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo), mas a qualquer enfermidade que temos dentro dos plantéis. Então, vamos falar sobre protocolos de vacinação, o que você recomenda, o que está sendo mais utilizado nas granjas?

Andrea Panzardi: Dentro dos protocolos vacinais, a Ourofino recentemente lançou a Safesui Mycoplasma, que é uma vacina contra Mhyo. Temos as indicações de bula para o protocolo vacinal: leitões a partir de 21 dias; fêmeas prenhes, temos informações importantes mostrando que a nossa vacina não possui efeito deletério na imunidade passiva aos leitõespelo contrário, os resultados mostram que ela leva a uma redução expressiva das lesões causadas pelo agente.

Os protocolos são variáveis. Temos que entender que cada granja possui um tipo de desafio, por isso a importância das monitorias e das coletas de dados. É claro que sabemos que, para leitões, a aplicação aos 21 dias é padrão. Mas temos formas de colocar protocolos vacinais estratégicos dentro do plantel de acordo com o desafio.

Por exemplo, leitoas de reposição é importante. Não podemos esquecer do processo de aclimatação de leitoas, na qual a vacinação não vai interferir, e teremos um efeito positivo. Usar essas estratégias vacinais, pensando nos protocolos que utiliza-se muito hoje - de fêmeas pré-parto; não só com protocolo vacinal, mas também medicamentoso, conseguimos traçar qual melhor momento de usá-los e fazer protocolos personalizados.

Marcela Manduca: Você comentou sobre aclimatação de leitoas, como está a aplicabilidade dessa prática hoje no campo?

Andrea Panzardi: Sim, temos informações de que aumentou a consciência dos suinocultores sobre esse tipo de manejo, com quebras de paradigmas. Pensando em Mhyo, tínhamos como indicação o uso de fêmeas de descarte para aclimatar as leitoas que estavam chegando. Hoje sabemos que é importante que se use fêmeas jovens, que estejam clinicamente doentes, excretando Mhyo; é importante conseguir que a fêmea se infecte o quanto antes, para que não chegue excretando no momento do parto.

A importância do processo de aclimatação vem sendo compreendida, e temos dados de que, na prática, ela beneficia no número de leitões excretores, e diminui o número de lesões. Através de um manejo importante, conseguimos gerar melhorias zootécnicas e consequentemente econômicas. Devemos gerenciar as expectativas, para que o processo continue, entre as empresas e os produtores

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