Sustentabilidade na suinocultura: uma pauta que se fortalece a partir do bem-estar animal
A suinocultura brasileira é uma das mais avançadas do mundo, com avanços contínuos e expressivos em genética, produtividade, nutrição e sanidade. Nos últimos anos, o setor vem mostrando que sustentabilidade não é uma tendência futura, mas uma realidade em franca evolução. O protagonismo do Brasil hoje se mede tanto pela qualidade e volume produzido, quanto pela capacidade de adotar práticas que conciliam eficiência, bem-estar animal e responsabilidade socioambiental.
Saúde e bem-estar já se consolidaram como fundamentos estratégicos da produção. É fato que animais saudáveis e bem tratados apresentam melhor desempenho produtivo, menor incidência de doenças, melhor ganho de peso e maior eficiência alimentar, o que, consequentemente, reduz o impacto ambiental por quilo de carne produzida. Estes pilares não apenas atendem a critérios éticos, mas também reforçam a imagem do Brasil como fornecedor sustentável diante de mercados internacionais e consumidores.
Observa-se um aumento expressivo na conscientização e no compromisso de empresas, cooperativas, produtores e consumidores. Produtores têm investido mais em tecnologias e práticas que promovem o bem-estar animal, impulsionados por exigências regulatórias e de mercado. Consumidores, por sua vez, demonstram crescente interesse por produtos que respeitam critérios de sustentabilidade, bem-estar animal e ética, valorizando certificações e transparência na cadeia produtiva.
Essa mudança cria um ciclo virtuoso que incentiva práticas responsáveis e o desenvolvimento de soluções inovadoras, como as promovidas pela Zoetis. Pesquisa recente da ABPA indica que 78% dos produtores brasileiros já consideram o bem-estar animal um fator estratégico para o negócio, um aumento de 25% em cinco anos. Do lado do consumidor, 65% dos brasileiros dizem preferir produtos com certificação de bem-estar animal e sustentabilidade, com crescimento anual de 10% nessa demanda. Essa mudança tem impulsionado investimentos em tecnologias e manejo, com produtores aumentando em média 12% o investimento anual em práticas sustentáveis.
Entre as inovações que materializam esse avanço, está a imunocastração com Vivax®, que se consolidou como uma das principais inovações disruptivas da suinocultura nas últimas décadas, hoje presente em mais de 70 países, incluindo os principais produtores, importadores, exportadores e consumidores de carne suína. A tecnologia reduz dor e estresse nos animais, diminui o uso de antibióticos, permite que o animal cresça com todo seu potencial genético e melhora a qualidade da carne. Na produtividade, traz ganhos relacionados ao melhor ganho de peso diário, melhoria da conversão alimentar, maior quantidade de carne na carcaça e permite abates de animais mais pesados; no ambiente, contribui enormemente para a redução da pegada de carbono da suinocultura.
Neste ano, com a COP30 em território nacional, teremos uma oportunidade única de mostrar ao mundo o que já está sendo feito. O setor dispõe de casos concretos de inovação e sustentabilidade que podem ser levados à mesa de debates globais. Ao mesmo tempo, a pressão por rastreabilidade, transparência e práticas alinhadas a ESG cresce, o que exige evolução contínua. O próximo passo é ampliar escala e integrar práticas ESG de forma cada vez mais tangível e financeiramente viáveis, com tecnologias de menor impacto ambiental, monitoramento contínuo do bem-estar, inclusão social e rastreabilidade. Esse movimento é fundamental para que a suinocultura brasileira fortaleça sua posição como referência global em produção responsável.
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