A Embrapa Suínos e Aves está liderando o desenvolvimento da Central de Inteligência em Saúde Suína (CISS), uma plataforma inovadora voltada à vigilância sanitária, análise de risco e comunicação rápida sobre a ocorrência de doenças em rebanhos suínos no Brasil. O projeto conta com financiamento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em colaboração com a Universidade de Iowa (ISU) e a Escola de Veterinária da UFMG.
Inspirada no modelo norte-americano Swine Disease Reporting System (SDRS), da ISU, a CISS tem como base o envio sistemático de resultados de diagnóstico por laboratórios parceiros brasileiros. Esses dados são recebidos diariamente, de forma anônima e voluntária, sem identificação das granjas, laboratórios ou profissionais envolvidos, respeitando a confidencialidade dos participantes.

As informações recebidas são organizadas por estado, tipo de produção, idade dos animais e tipo de material coletado, permitindo análises detalhadas sobre a ocorrência e distribuição dos principais agentes infecciosos.
O piloto da plataforma começou com o agente Mycoplasma hyopneumoniae (Mhyo), um dos principais patógenos respiratórios na suinocultura.

O sistema também prevê a geração de relatórios mensais e o uso de ferramentas digitais interativas para visualização dos dados, permitindo ao setor produtivo e à comunidade científica acompanhar os principais indicadores sanitários de forma prática e segura.
Fortalecimento da rede de diagnóstico e atuação estratégica
A iniciativa prevê a formação de um comitê consultivo composto por médicos veterinários especializados, que contribuirão na análise dos dados e na definição de prioridades sanitárias. O primeiro laboratório a integrar o projeto foi o CEDISA, em Concórdia (SC), e a expectativa é ampliar a rede de forma progressiva, envolvendo novos parceiros estratégicos.
Convite à colaboração
A Embrapa convida laboratórios, profissionais e instituições a fazerem parte desta iniciativa, contribuindo para o fortalecimento da vigilância sanitária e para o desenvolvimento de uma suinocultura mais preparada para enfrentar os desafios sanitários com base em dados, ciência e colaboração.
15 de maio de 2025 / Redação 333 Brasil