Os preços dos grãos seguem em queda no mercado brasileiro, pressionados por estimativas de safra elevada e condições climáticas favoráveis tanto no Brasil quanto no exterior. De acordo com levantamentos do Cepea, o milho registrou seu menor patamar nominal desde janeiro, conforme o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP), reflexo das boas expectativas de produtividade na segunda safra nacional e do avanço da semeadura nos Estados Unidos em meio a um clima propício.
Diante desse cenário, muitos consumidores brasileiros optam por se afastar das negociações, esperando novas quedas para recompor estoques. Vendedores, por sua vez, tentam escoar os lotes remanescentes da safra 2023/24 e da safra verão 2024/25.

No mercado de trigo, a situação também é de pressão sobre os preços. A semeadura avança no Brasil e os dados de produção indicam uma safra maior e mais produtiva em 2025/26. Segundo a Conab, a colheita nacional pode alcançar 8,255 milhões de toneladas, crescimento de 4,6% em relação ao ciclo anterior, impulsionado por um aumento estimado de 18,6% na produtividade.
Moageiras ativas no mercado buscam fechar negócios a preços mais baixos, aproveitando-se da necessidade de venda imediata por parte de alguns produtores, o que aumenta a flexibilidade nas negociações.
20 de maio de 2025 /CEPEA/ Brasil
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