O calendário de 2026 impõe um desafio adicional às cadeias produtivas de proteínas animais. A elevada concentração de feriados nacionais, estaduais e municipais, somada às tradicionais emendas, pode comprometer significativamente a capacidade de abate ao longo do ano. Diante desse cenário, a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG) intensificou nas últimas semanas sua atuação institucional e política em busca de alternativas que assegurem previsibilidade, equilíbrio produtivo e abastecimento regular de carne suína à população.
Segundo estimativas do setor, 2026 poderá registrar cerca de 30 dias considerados atípicos (feriados nacionais, estaduais, municipais e emendas) para a atividade industrial. “Esse volume de paralisações nos preocupa profundamente. Caso não haja uma estratégia bem definida, podemos ter uma redução entre 15% e 20% na disponibilidade de carne suína ao consumidor final”, alertou o presidente da ASEMG Donizetti Ferreira Couto. Para ele, o impacto não se limita à indústria, mas atinge diretamente os suinocultores, a logística e toda a cadeia de suprimentos e o consumidor final.

Com o objetivo de antecipar soluções, ASEMG, AFRIG, AVIMIG e SILEG participaram, nesta segunda-feira (15), de uma reunião com os chefes dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) 3º, 4º e 5º, vinculados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O encontro teve como foco a construção de alternativas que permitam a manutenção estratégica dos abates, mesmo diante do elevado número de feriados previstos.
O MAPA demonstrou receptividade às preocupações apresentadas e destacou a importância de um planejamento prévio por parte das indústrias. A orientação inicial, é que os frigoríficos e demais agentes do setor apresentem, desde já, seus pleitos e eventuais dificuldades relacionadas à compensação dos dias parados. As soluções, segundo o Ministério, serão analisadas caso a caso, levando em consideração as especificidades de cada operação.
Para a ASEMG, o diálogo antecipado e a articulação entre entidades representativas, indústrias e poder público são fundamentais para mitigar riscos, preservar a sustentabilidade do setor e garantir o abastecimento de proteína suína com regularidade e segurança ao longo de 2026.
17 de dezembro de 2025/ ASEMG/ Brasil.
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