De acordo com dados da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), os valores praticados no mercado independente mantiveram-se em patamares remuneradores para os produtores, mesmo diante de variações pontuais na demanda interna, ressalta Mauro Antonio Gobbi, primeiro vice-presidente da entidade.
Em janeiro, diferentemente do observado no mesmo mês de 2024, os preços iniciaram o ano em níveis elevados, refletindo uma combinação de oferta ajustada e aquecimento nas exportações. Já em fevereiro, por sua vez, consolidou essa tendência de alta, inclusive durante o período do Carnaval, quando tradicionalmente há estabilidade ou leve recuo nas cotações.

Entretanto, em março, observou-se um recuo nos preços do suíno vivo, influenciado principalmente pela redução no consumo interno, associada ao período da Quaresma. Apesar disso, a média de preços no trimestre permaneceu significativamente superior à do mesmo período do ano.
“O bom desempenho nas exportações foi um dos principais fatores que contribuíram para a sustentação dos preços. Mesmo com a desaceleração da demanda interna, o aumento no volume exportado ajudou a equilibrar o mercado e preservar a rentabilidade dos suinocultores”, ressalta Gobbi.
Com o encerramento do período quaresmal e a retomada gradual do consumo doméstico, a expectativa para o segundo trimestre é de recuperação nas cotações. As projeções do setor indicam a manutenção de um cenário favorável à suinocultura, com preços firmes, impulsionados tanto pelo mercado externo quanto pela normalização da demanda interna.
29 de abril de 2025 /ACSURS/ Brasil
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