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Comparação entre cérvix de fêmeas nulíparas e multíparas em relação à IA pós-cervical

O objetivo foi comparar a morfologia do útero de fêmeas multíparas e nulíparas em relação a inseminação artificial pós-cervical.

29 Janeiro 2020
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Nas últimas décadas, foram desenvolvidos novos métodos de inseminação artificial (IA) em suínos, como a IA pós-cervical (PCAI). Este método implica em atravessar a cérvix para depositar o esperma no corpo do útero. Ainda que a aplicação de PCAI em fêmeas seja frequente, a sua aplicação em nulíparas ainda é limitada devido à dificuldade de acesso através da parte cranial do canal cervical. Foi colocada a hipótese de que o envelhecimento e o número de partos modificariam o canal cervical, facilitando a introdução dos dispositivos de IA através da cérvix.

O objetivo foi comparar a morfologia do útero a diferentes níveis entre as fêmeas multíparas e nulíparas.

A análise morfológica do útero mostrou uma cérvix mais longa (25,9 ± 4,6 vs. 21,6 ± 3,3 cm) e um comprimento maior no trato reprodutivo relacionado a PCAI (desde a fenda vulvar até à última prega da cérvix) (56,2 ± 6,0 vs. 50,3 ± 5,2 cm) nas multíparas em comparação com as nulíparas. Relativamente à estrutura das partes vaginal e uterina da cérvix (a parte em contato com a vagina e o corpo uterino, respectivamente), a área da secção transversal, o perímetro e espessura total foram maiores na parte uterina das multíparas do que nas nulíparas (área: 4,07 ± 1,46 vs. 2,46 ± 0,56 cm2; perímetro: 8,50 ± 1,44 cm vs. 6,28 ± 0,92 cm; espessura: 10,79 ± 0,96 vs. 8,35 ± 0,62mm), mas não na parte vaginal. O conteúdo de tecido analisado nos cortes transversais histológicos também demonstraram diferenças entre os grupos de fêmeas, com um maior conteúdo de tecido conjuntivo (58,86 ± 10,78 contra 67,60 ± 13,38%) e uma menor quantidade de fibras musculares (39,79 ± 10,24 contra 30,66 ± 13,69% ) nas fêmeas multíparas. Finalmente, os moldes de silicone do canal cervical revelaram diferenças entre os dois grupos no tamanho e forma das pregas durante a sua trajetória.

O número de partos, também sob influência do envelhecimento, determina alterações importantes no tamanho, na estrutura e conteúdo do tecido da parede do colo uterino. Assim como a morfologia do canal cervical, que pode ser responsável pelos diferentes níveis de rendimento da PCAI nas diferentes populações de fêmeas. Portanto, o desenho futuro das estratégias de IA e os cateteres devem levar em consideração as variações morfológicas do canal cervical, que dependerão da idade e do número de partos das fêmeas.

García-Vázquez FA, Llamas-López PJ, Jacome MA, Sarrias-Gil L, López Albors O. Morphological changes in the porcine cervix: A comparison between nulliparous and multiparous sows with regard to post-cervical artificial insemination. Theriogenology. 2019 Mar 15;127:120-129. doi: 10.1016/j.theriogenology.2019.01.004.

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