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Vacinas frente a PCV2

Este artigo descreve as principais características das vacinas comerciais para o combate à circovirose suína.

1 Julho 2024
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A síndrome multissistêmica de emagrecimento pós-desmame, ou circovirose suína (CS), é uma das doenças mais importantes que afetam a suinocultura em nível mundial.

No final da década de 1990, a doença surgiu de forma amplamente disseminada na Europa e na América do Norte.

Já em 1996, o circovírus suíno tipo 2 (PCV2) foi associado a essa síndrome, mas apenas em 2007 surgiram as primeiras vacinas comerciais contra o PCV2.

Atualmente, existem diferentes opções vacinais no mercado, que variam quanto ao design da vacina, os genótipos incluídos, a via de administração e se são vacinas combinadas ou não.

Design e genotipos incluídos

Todas as vacinas contra o PCV2 são inativadas.

No mercado, encontramos vacinas que contêm o vírus completo inativado, outras que contêm uma subunidade antigênica, e também há aquelas que utilizam tecnologia de DNA recombinante para produzir antígenos específicos do PCV2.

A maioria das vacinas contém apenas o genótipo PCV2a, mas também existem vacinas que contêm PCV2a e PCV2b.

Proteção

As vacinas contra o PCV2 não previnem a infecção, mas são eficazes para reduzir significativamente os efeitos da doença. Por isso, os diferentes registros incluem indicações como: “Para a imunização ativa de suínos com o objetivo de reduzir a carga viral em tecidos linfoides e no sangue, e para reduzir a mortalidade e a perda de peso associadas à infecção por PCV2 durante o período de terminação” ou “Imunização ativa dos leitões para reduzir a excreção fecal de PCV2 e a carga viral no sangue, auxiliando na redução dos sinais clínicos ligados ao PCV2, incluindo debilidade, perda de peso e mortalidade, bem como na redução da carga viral em tecidos linfoides associados à infecção por PCV2.”

Número de doses

As vacinas para uso em leitões são, em sua maioria, de dose única, embora algumas incluam em seu registro a possibilidade de uso em duas doses.

As vacinas que têm em seu registro o uso para fêmeas nulíparas e reprodutoras exigem uma primovacinação, seguida de uma segunda aplicação 3–4 semanas depois. No caso de uso em reprodutoras, são necessárias doses de reforço 2–4 semanas antes do parto.

Vacinas combinadas

No mercado, encontra-se uma ampla variedade de possibilidades.

Por um lado, existem vacinas propriamente combinadas, que na mesma apresentação incluem o antígeno do PCV2 e o antígeno de outro agente infeccioso, que neste caso é sempre o Mycoplasma hyopneumoniae.

Por outro lado, há vacinas que, embora não sejam combinadas, possuem registro que permite a administração misturada com outras vacinas por meio de dispositivos especiais indicados para esse uso. Em outros casos, há indicações sobre a possível administração simultânea com outras vacinas, embora em dois pontos de aplicação distintos.

Nesses casos, a vacina com a qual pode ser feita a mistura dependerá de cada produto comercial, sendo, por isso, imprescindível seguir as orientações da bula tanto para a mistura ou administração simultânea quanto para a conservação da vacina combinada. Essas opções incluem sempre vacinas para a prevenção da pneumonia enzoótica e, em alguns casos, para a prevenção da PRRS ou até mesmo da ileíte provocada por Lawsonia intracellularis.

Via de administração

A maioria das vacinas é administrada por via intramuscular tradicional, com volumes de 0,5, 1 ou 2 ml, dependendo da vacina.

No mercado, também encontramos vacinas intradérmicas, aplicadas por meio de dispositivos desenvolvidos para aplicação sem agulhas, utilizando volumes de dose muito menores (0,2 ml).

Início e duração de imunidade

Há poucas diferenças entre as diversas vacinas nesse aspecto.

A vacinação dos leitões é recomendada a partir da segunda ou terceira semana de vida.

De acordo com as bulas, a imunidade se estabelece entre duas e três semanas após a vacinação.

A duração da imunidade, segundo as bulas, varia entre 17 semanas e 22 ou 23 semanas, sendo esse o intervalo indicado pela maioria.

Uso em matrizes

De acordo com a bula, de fato existem diferenças entre as vacinas disponíveis no mercado.

Algumas vacinas são registradas especificamente para uso em fêmeas nulíparas e reprodutoras; outras especificam que podem ser utilizadas em fêmeas gestantes e lactantes; porém, em alguns casos, o uso não é autorizado nesses animais.

Atualmente, a vacinação contra o PCV2 está amplamente difundida. Pode-se dizer, sem risco de erro, que as vacinas para a prevenção da circovirose suína representam uma história de sucesso.

No entanto, existem diferentes opções disponíveis, e é importante conhecer as particularidades de cada uma para aplicar, em cada caso, a alternativa que melhor se adapte às necessidades de cada granja ou sistema de produção.

Redação 333

Consulte o ''guia de enfermidades'' para mais informações

Circovirose suínaO circovírus suíno tipo 2 produz uma doença com grande impacto econômico. Clinicamente, apresenta-se como uma doença devastadora; lenta e progressiva com alta taxa de mortalidade. Também pode se apresentar como uma síndrome da dermatite e nefropatia suína com alta mortalidade.

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FAQs

Quando surgiram as primeiras vacinas comerciais contra o PCV2?

Embora desde 1996 esteja associada circovírus suíno tipo 2 (PCV2) com a chamada síndrome multissistêmica de desmame pós-desmame, somente em 2007 surgiram as primeiras vacinas comerciais contra PCV2.

Quais tipos genéticos contêm as vacinas contra PCV2?

A maioria das vacinas contém apenas o genótipo PCV2a, mas também existem vacinas que contêm PCV2a e PCV2b.

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