Diarreia Epidêmica Suína

A diarreia epidêmica suína é causada por um coronavírus que causa vômito e diarreia com mortalidade de até 100% em leitões suscetíveis com menos de 2 semanas de idade.

Nomes alternativos: DEP, PED

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A diarréia epidêmica suína (PED) é causada por um coronavírus semelhante ao causado pela Gastroenterite Transmissível (TGE) e é disseminada na Europa e nas Américas. Atualmente, apenas um sorotipo é reconhecido, embora possa haver diferenças na gravidade da doença, dependendo das cepas. O vírus danifica as vilosidades do intestino e, portanto, reduz a superfície capaz de absorver nutrientes, com perda de líquidos e desidratação. Duas a três semanas após a introdução do vírus em animais reprodutores suscetíveis a imunidade de vida curta se desenvolve (4-6 meses). A imunidade lactogênica (IgA) se desenvolve em cerca de 10 dias e protege o leitão durante a creche.

Surtos agudos ocorrem quando o vírus é introduzido pela primeira vez em uma população suscetível. As porcas afetadas apresentam diarreia que varia entre moderada a muito aquosa. Pode haver vômito. O período de incubação é rápido e aproximadamente 12 a 24 horas, e a diarreia dura de 7 a 14 dias. Nos leitões suscetíveis, a doença é grave, com mortalidade de até 100%.

Em grandes populações, nem todas as fêmeas são infectadas ao mesmo tempo e novos surtos podem ocorrer. Essa doença afeta apenas leitões de porcas sem anticorpos maternos e, portanto, é esporádico. A infecção pode se tornar crônica, especialmente em grandes granjas. A dose para a infecção é muito baixa, os animais infectados produzem uma quantidade enorme de vírus em cada grama de fezes e sua disseminação dura de três a quatro semanas.

Matrizes:

• Varia de diarreia leve (fezes de consistência semelhante às fezes de vaca) a muito líquida;
• Fezes pastosas;
• Vômito.

Leitões de maternidade:

• Diarreia;
• Vômito;
• Desidratação;
• A mortalidade pode ser alta, especialmente em leitões com menos de 14 dias de idade.

Creche e engorda:

• Diarreia aquosa aguda sem sangue ou muco;
• A mortalidade é normalmente baixa, mas a morbidade pode ser alta;
• Quando o vírus é introduzido pela primeira vez na granja, a diarreia dissemina-se rapidamente para os animais reprodutores e cevados;
• Vômito.

• A doença pode ser perpetuada quando os suínos suscetíveis entram nos galpões de reprodução e engorda;
• Os leitões, especialmente aqueles com menos de 2 semanas de idade, excretam uma grande quantidade de vírus por vários dias;
• A dose infectante em animais anteriormente não expostos é muito baixa;
• Normalmente, a doença só é observada quando o vírus entra na granja pela primeira vez.

+ info diagnóstico laboratorial

• Os sinais clínicos ajudam, mas não podem ser diferenciados do TGE;
• A presença do microrganismo é confirmada por PCR;
• As lesões histológicas são características da PED e TGE, portanto, imuno-histoquímica ou PCR são necessárias para confirmar.

• A biossegurança da granja deve ser mantida em um nível muito alto devido à alta excreção e baixa dose de infecção;
• Se o vírus entrar na granja pela primeira vez, é importante garantir que todos os animais adultos sejam infectados primeiro, para que a imunidade se desenvolva. Isso pode ser conseguido expondo as porcas por via oral através de água potável, misturando diarreia ou material contaminado em um balde com água e utilizando-o como fonte de infecção;
• O suíno em crescimento normalmente se recupera sem tratamento, a menos que haja doenças concomitantes como a disenteria suína;
• Sistemas all-in/all-out com desinfetantes frequentemente interrompem o ciclo da doença;
• O vírus é facilmente eliminado por desinfetantes fenólicos, com cloro, peróxidos, aldeídos ou iodóforos;
• A eficácia da vacina tem sido variável, embora possa ajudar a estabilizar granjas infectadas cronicamente.

• Por ser uma infecção viral, não há tratamento específico.