Entre 2004 e 2024, a União Europeia reduziu seu rebanho de matrizes suínas em mais de 4,8 milhões de animais, passando de 15,02 milhões para 10,15 milhões. Apesar dessa redução significativa — uma queda de 32,4% em vinte anos —, a produção total de carne suína praticamente não se alterou. Em 2004, os Estados-membros produziram aproximadamente 21,1 milhões de toneladas de carne suína, e em 2024 esse número se mantém praticamente estável, com 21,04 milhões de toneladas.


Absolutamente todos os Estados-membros da UE-27 reduziram seu rebanho de matrizes, com exceção da Espanha, que não apenas manteve, mas aumentou ligeiramente seu efetivo: de 2,606 milhões em 2004 para 2,611 milhões em 2024. Além disso, a produção de carne suína no país cresceu quase 60% nesses 20 anos, passando de 3,08 milhões de toneladas em 2004 para 4,92 milhões em 2024, consolidando-se, desde 2021, como o principal produtor da UE.
Em relação aos demais principais países produtores, observa-se que essa redução não foi homogênea:
- Alemanha, que em 2004 possuía quase 2,47 milhões de matrizes, reduziu seu rebanho para 1,39 milhão em 2024, uma perda de mais de 1 milhão de animais (-43%);
- Dinamarca teve uma queda menos acentuada, de 17%, passando de 1,4 milhão em 2004 para 1,16 milhão em 2024;
- França também sofreu uma redução significativa, de 1,29 milhão para 830 mil matrizes (-36%);
- Países Baixos registraram uma queda de 30%, passando de 1,12 milhão de cabeças em 2004 para 783 mil em 2024;
- Polônia, com 1,65 milhão em 2004, teve uma contração severa, com apenas 600 mil matrizes em 2024 (-63%).
No caso da Itália e de Portugal, as reduções foram inferiores à média da UE. A Itália passou de 724.800 matrizes em 2004 para 596.990 em 2024, uma queda de 17,6%, enquanto Portugal reduziu seu rebanho em 15,7%, de 261.400 para 220.460 matrizes.

Lembre-se de que você pode encontrar dados sobre rebanhos, produção e comércio em nossa seção de "Estatísticas do setor suinícola".
30 de maio de 2025/ Redação 333 com dados do Eurostat.