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Milho e soja: projeções para safra 2023/2024 USDA – março de 2024

Em comparação com o relatório de fevereiro, a produção mundial de milho foi estimada numa queda de 2,3 milhões de toneladas, enquanto os números do comércio internacional projetam um maior volume de exportações para os Estados Unidos, que por sua vez se tornariam o principal fornecedor do cereal a nível mundial. Para a soja, a estimativa para a colheita brasileira foi mais uma vez cortada, apesar de a previsão para suas exportações ter aumentado.

Apresentamos os destaques dos últimos relatórios de estimativas de grãos e oleaginosas publicados pelo USDA em 8 de março:

Milho

A produção mundial de milho para o ciclo 2023/24 alcançaria 1.230,2 milhões de toneladas (Mt), valor que representa um aumento de 6,3% em relação à campanha 2022/23 (1.157,5 Mt).

Para os Estados Unidos, a produção ficaria em torno de 389,7 Mt, aumentando 12,4% em relação à temporada anterior (346,7 Mt), enquanto a China aumentaria sua colheita em 4,2%, atingindo 288,8 Mt. 14,7% com 60,1 Mt, enquanto a Ucrânia, com 29,5 Mt, apresentaria um aumento de 9,3%.

Para o Brasil, a produção alcançaria 129 Mt, número que representaria uma queda de 5,8% em relação à campanha anterior, enquanto, para a Argentina, a colheita alcançaria 56 Mt, crescendo 55,6% em relação ao ciclo passado.

As exportações mundiais de grãos aumentariam 12,3%, passando de 180,2 Mt na campanha 2022/23 para 202,3 Mt neste novo ciclo, sendo os Estados Unidos o maior exportador de grãos com 53,3 Mt, o que significaria um aumento de 26,4% em relação a a campanha anterior.

A oferta exportável da América do Sul apresentaria um aumento significativo por parte da Argentina, pois aumentaria neste novo ciclo em 68,0% com 42,0 Mt, enquanto, para o Brasil, são estimados 52 Mt, o que representaria uma redução de 4,0%. 2% em relação à campanha anterior.

A China exigiria importações de milho por 23 Mt, o que significa um aumento de 22,9% em relação à campanha anterior (18,7 Mt), enquanto a União Europeia importaria 22,0 Mt, ou seja, 5,0% menos que no ciclo 2022/23 (23,2 Mt).

Os estoques finais aumentariam 6,0% em todo o mundo, atingindo 319,6 Mt. Na verdade, para os Estados Unidos, os estoques cresceriam 59,7%, enquanto para o Brasil diminuiriam 46,2%.

Soja

A produção mundial de soja para a safra 2023/24 aumentaria 5,0% em relação ao ciclo anterior, passando de 378,1 para 396,9 Mt na ordem.

As estimativas para as colheitas da América do Sul mostram uma queda de 4,3% para o Brasil, que chegaria a 155 Mt, enquanto para a Argentina é projetado um aumento de 100,0% com 50,0 Mt.

O Paraguai aumentaria sua produção em 2,5% em relação à safra 2022/23 (10,1 Mt), atingindo uma colheita de 10,3 Mt.

Neste novo relatório, estima-se uma colheita de 113,3 Mt para os Estados Unidos, o que representa uma queda de 2,5% em relação ao ciclo 2022/23, quando foram atingidos 116,2 Mt naquele momento.

A atividade exportadora seria liderada pelo Brasil com 103,0 Mt, crescendo 7,8% em relação ao ciclo anterior (95,5 Mt), enquanto os Estados Unidos alcançariam um volume de exportação de 46,8 Mt, número que representa uma queda de 13,6% em relação a última colheita (54,2 Mt).

Para a Argentina, as exportações estão projetadas em 4,6 Mt, o que significaria um aumento de 9,9% em relação à campanha 2022/23 (4,2 Mt).

A China importaria 105 Mt, volume 0,5% superior ao da campanha anterior.

Os estoques finais da oleaginosa aumentariam 11,9% globalmente, atingindo 114,3 Mt e seriam apoiados por aumentos nos estoques na Argentina, nos Estados Unidos e na China.