As exportações de carne suína dos EUA totalizaram 237.250 toneladas em abril, uma queda de 15% em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo o menor volume em 10 meses. O valor das exportações caiu 13%, para US$ 675,3 milhões. As exportações para a China recuaram 35% na comparação anual. Também houve queda nos embarques para os principais mercados — México, Japão e Canadá. Por outro lado, abril foi novamente um mês excelente para as exportações aos mercados da Colômbia e da América Central, que seguem em ritmo recorde. De janeiro a abril, as exportações de carne suína ficaram 5% abaixo do ritmo recorde de 2024, com 991.738 toneladas, enquanto o valor caiu 4%, para US$ 2,78 bilhões.
As exportações para o principal mercado, o México, totalizaram 91.441 toneladas em abril, 15% abaixo do recorde registrado um ano antes. O valor foi de US$ 197,8 milhões, uma queda de 18% frente ao recorde de abril de 2024. Isso interrompeu uma sequência notável de nove meses consecutivos com exportações superiores a US$ 200 milhões para o México. No acumulado do ano, as exportações ao México ficaram levemente abaixo do ritmo recorde de 2024, com 385.844 toneladas (queda de 1%), mas o valor ainda foi 2% superior, alcançando US$ 835,6 milhões. As exportações ao México representaram, em média, 10,7% da produção americana de cortes musculares no período, ligeiramente acima do registrado no ano anterior.

A demanda da Colômbia por carne suína dos EUA continuou aquecida em abril, com embarques de 12.079 toneladas — alta de 58% na comparação anual. O valor exportado subiu 68%, alcançando US$ 34,7 milhões. No acumulado até abril, as exportações para a Colômbia superaram em 14% o ritmo recorde do ano passado, com 45.343 toneladas, e o valor aumentou 20%, chegando a US$ 130,7 milhões. Embora a maior parte dos embarques sejam de cortes musculares, a USMEF intensificou a promoção de miúdos suínos durante o impasse comercial com a China. Em abril, os embarques de miúdos para a Colômbia mais que dobraram em relação ao ano anterior, atingindo 1.140 toneladas (alta de 107%) e gerando US$ 3,5 milhões (alta de 169%). Pés suínos congelados representaram cerca de um quinto desse total.
Impulsionadas por maiores volumes enviados a Guatemala, Costa Rica, El Salvador e Panamá, as exportações para a América Central totalizaram 15.644 toneladas em abril, alta de 6% em relação a 2024, com valor de US$ 49,4 milhões (alta de 12%). Também houve aumento nos embarques de miúdos suínos à região, com 1.246 toneladas — 9% acima do já elevado volume do ano anterior. No acumulado até abril, as exportações totais à região cresceram 16% frente ao recorde anterior, atingindo 60.811 toneladas, com valor 20% maior, de US$ 191,1 milhões. O crescimento é abrangente, com destaque para Honduras, Guatemala, Costa Rica e Nicarágua.
As exportações para a China caíram acentuadamente em abril devido às tarifas retaliatórias proibitivas. Os embarques somaram 26.365 toneladas, queda de 35% frente ao ano anterior, com valor de US$ 64,9 milhões (queda de 32%). No acumulado do ano, os embarques para a China caíram 7% em volume (141.584 toneladas) e 4% em valor (US$ 342,3 milhões). Apesar de a China ter reduzido suas tarifas retaliatórias em 14 de maio, a alíquota total para cortes e miúdos suínos dos EUA ainda é de 57%, enquanto a maioria das importações chinesas paga apenas 12% pela tarifa da nação mais favorecida.
Embora abaixo do total elevado do ano anterior, as exportações para a Coreia do Sul se mantiveram relativamente fortes, com 23.954 toneladas — queda de 9% em relação ao ano passado, mas um leve aumento sobre março. O valor foi de US$ 79,2 milhões, queda de 11% na base anual, mas cerca de US$ 2 milhões a mais que o mês anterior. Até abril, os embarques para a Coreia somaram 82.168 toneladas (queda de 14%) e US$ 265,8 milhões em valor (queda de 15%).
As exportações para o Japão totalizaram 30.015 toneladas em abril, recuo de 13% frente ao ano anterior. O valor caiu 15%, chegando a US$ 118,4 milhões. No acumulado, os embarques ao Japão somaram 105.858 toneladas (queda de 14%) e US$ 423,2 milhões (queda de 15%).
A demanda canadense por carne suína americana caiu fortemente em abril: 8.282 toneladas (-45% ano a ano), com valor de US$ 33,9 milhões (-41%). Com isso, os embarques ao Canadá até abril ficaram 16% abaixo do ritmo de 2024, totalizando 58.344 toneladas, com valor 14% menor (US$ 235,1 milhões). Desde 4 de março, o Canadá impõe tarifa de 25% sobre salsichas dos EUA, mas a maior parte da queda se deve a outras categorias. Vale destacar que as exportações canadenses de carne suína aos EUA também caíram 9% no quadrimestre, enquanto aumentaram significativamente para Japão (+21%), China (+9%), México (+17%), Coreia (+29%) e Taiwan (+38%).
7 de junho de 2025/ USMEF/ Estados Unidos
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