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FAO: Tendências emergentes na produção global de carne suína

A PSA continua sendo o principal determinante na produção global de carne suína.

30 Novembro 2022
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A FAO prevê que a produção global de carne suína atinja 124,6 milhões de toneladas em 2022, um aumento de 1,8% em relação a 2021, de acordo com a edição de novembro do Meat Market Review - Tendências emergentes e perspectivas para 2022.

Espera-se que uma provável expansão na produção da China represente cerca de 46% da produção global de carne suína este ano, sustentada pelo sólido abate doméstico, principalmente no primeiro semestre de 2022. Esse aumento provavelmente será parcialmente compensado durante o segundo semestre do ano, quando a produção pode desacelerar pois os produtores não estão renovando o plantel de matrizes reprodutoras devido às condições desfavoráveis ​​do mercado, apesar do aumento dos preços internos verificado nos últimos meses.

Em menor grau, espera-se que os aumentos de produção também resultem de uma maior produção em países onde os surtos de PSA foram parcialmente contidos, com propagação ocasional de doenças, inclusive no Vietnã, Mianmar e Rússia.

Por outro lado, a PSA continua ativa, impactando negativamente a produção de carne suína em muitos outros países, incluindo a União Europeia, Tailândia e Filipinas. É esperado que a União Europeia produza cerca de 5% menos em relação ao ano passado em meio a perspectivas reduzidas de exportação para a China, aumento dos custos de insumos e surtos de PSA. Na Tailândia, espera-se que a produção caia mais de 30% este ano devido à PSA. Da mesma forma, espera-se que a produção diminua nas Filipinas devido aos surtos contínuos de PSA.

Prevê-se também que os Estados Unidos reduzam sua produção devido aos altos custos de insumos e limitada capacidade incremental de colheita, que limitaram a expansão do rebanho de matrizes, resultando em uma queda de 1,9% em relação ao ano anterior.

Apesar de um aumento de produção de 6,7% no primeiro semestre de 2022, desencadeado pelo aumento do descarte de matrizes para reduzir custos, o Brasil pode ver uma desaceleração consistente no segundo semestre do ano, o que resultaria na produção projetada para ficar apenas marginalmente acima do ano passado.

Enquanto isso, a produção de carne suína do Canadá pode contrair, já que um aumento projetado nos pesos de abate de 0,4% observado de janeiro a outubro em meio à carteira de abates não superou o declínio da produção, decorrente da escassez de mão de obra que reduziu a capacidade de abate e altos estoques no início de 2022.

A produção do México deve aumentar 2,7% este ano, beneficiando-se de melhorias em genética, reprodução e protocolos de sanidade animal, impulsionados pela forte demanda doméstica e de exportação.

29 de novembro de 2022/ FAO. 2022. Meat Market Review: Emerging trends and outlook. 2022. Rome.

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