O Índice de Preços de Carnes da FAO teve média de 126,0 pontos em junho, uma alta de 2,6 pontos (2,1%) em relação a maio e 7,9 pontos (6,7%) acima do valor registrado no mesmo período do ano anterior, atingindo um novo recorde histórico.

O aumento foi impulsionado pela alta nos preços de todas as categorias de carne, exceto a de frango. Os preços globais da carne bovina atingiram um novo pico, refletindo a oferta mais restrita de exportação do Brasil e a forte demanda dos Estados Unidos, que pressionaram os preços das exportações australianas. As cotações da carne suína subiram devido à firme demanda global de importação diante de uma oferta estável, enquanto os preços da carne ovina registraram um aumento acentuado pelo terceiro mês consecutivo, sustentados pela demanda internacional constante e pela redução das disponibilidades de exportação da Oceania.


Por outro lado, os preços da carne de frango continuaram em queda, pressionados pela ampla oferta interna no Brasil após a imposição de restrições às exportações devido à detecção de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em meados de maio. No entanto, o impacto foi parcialmente compensado no final do mês, quando o status de livre de IAAP do Brasil foi restabelecido após um período de 28 dias sem novos surtos em granjas comerciais, o que levou alguns parceiros comerciais a flexibilizarem as restrições e estimulou uma recuperação gradual da demanda por importação.
4 de julho de 2025 /FAO
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