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Como organizar um plano de melhoria em biosseguridade

Cada vez mais a importância da biosseguridade para a prevenção de doenças. No artigo a seguir, explicaremos como um plano de melhoria pode ser organizado.

A pecuária atual, tanto em geral como na suinocultura em particular, apresenta um número significativo de desafios legislativos, sanitários e ambientais, como a redução do consumo de antibióticos e etc. Esta situação faz com que se dê cada vez mais importância à prevenção e, aliás, a biosseguridade desempenha um papel muito importante neste domínio.

Dentro desse contexto, muitas empresas estão abordando a biosseguridade com cuidado, tanto atualizando granjas que já estão em alto nível quanto atualizando aquelas que ficaram para trás. No artigo seguinte explicaremos, de acordo com a nossa experiência, como se pode organizar um plano de melhoria da biosseguridade.

Antes de mais nada, um plano de melhoria da biosseguridade deve sempre ser precedido por algum tipo de análise ou auditoria que revise ponto a ponto todos os aspectos envolvidos na biosseguridade da granja ou empresa. Estes métodos de análise podem ser realizados por consultores externos ou pessoal interno, o importante é que o método escolhido nos forneça informações e dados ordenados que nos ajudem a concentrar nossos esforços nos objetivos adequados.

Normalmente, esses métodos são:

  • Levantamentos de biosseguridade mais ou menos detalhados. Obviamente, quanto mais detalhada e menos subjetiva for a pesquisa, melhores serão as informações que obteremos.

  • Lista de verificação/revisões de protocolos, instalações, etc. Pode dizer que é outra maneira de fazer pesquisas.

  • Sistemas digitais de controle/análise de biosseguridade que fornecem dados objetivos sobre interações de pessoal/rota, métodos de desinfecção, etc.

Como regra geral, esses métodos nos oferecem uma pontuação em relação a 100 (ou qualquer outra escala) em diferentes aspectos da biosseguridade de uma granja ou empresa, apontando os pontos específicos em que temos deficiências: acesso para visitas, manejo, docas de carregamento, quarentenas, rotas de caminhões, etc. Como a biosseguridade é tão complexa e abrange tantas questões diferentes em uma granja, pode ser difícil lidar com todas as mudanças de uma só vez, exigindo que você organize um plano de melhoria para avançar com eficiência.

Suponha que, depois de auditar uma granja, encontramos 15 aspectos que podem ser melhorados (em muitas ocasiões há riscos que não podemos evitar, como estar localizado em uma área com alta densidade pecuária). A organização do plano deve ser equilibrada entre o risco potencial envolvido e o tempo que levamos para resolver esses aspectos. Assim, os objetivos são organizados temporariamente (imagem 1):

  • Objetivos imediatos. Dificilmente precisam de tempo ou investimento financeiro para começar: melhorar a higiene, operações simples como trocar agulhas, modificar fluxos de pessoas ou alterar protocolos, como o processo de carregamento.
  • Objetivos a curto prazo. Neste caso, eles também não costumam ter um custo significativo, mas precisam de um pouco mais de tempo para serem implementados: definição de protocolos de biosseguridade, busca por um responsável pela biosseguridade, alteração de procedimentos mais complexos, como garantir um verdadeiro TD-TF.

  • Objetivos a médio prazo. Nesse caso, são necessários investimentos econômicos e tempo para realizar. Geralmente estão relacionados a mudanças no fluxo de animais (por exemplo, entradas de quarentena) ou mudanças nas instalações.

    Metas de médio prazo são as mais controversas com base em nossa experiência, e mostramos com um dos exemplos mais comumente encontrados: a doca de carregamento.

    Quando uma doca de carregamento apresenta deficiências, a pontuação de risco que costuma dar nas pesquisas/auditorias/dados é muito alta, porém, às vezes, leva algum tempo para ajustar. Essa contradição, de estar exposto a um grande risco, mas não conseguir reduzir rapidamente, muitas vezes cria confusão e paralisa o plano; mas, enquanto isso, defina metas imediatas alterando os protocolos na doca e aumentando a higiene para reduzir o risco nessa área até que a instalação possa ser modificada.

  • Objetivos a longo prazo. Nesse caso, são necessários grandes investimentos de tempo e dinheiro: construção de novas quarentenas, centros de lavagem e desinfecção de veículos, etc. Como no caso anterior, o risco pode ser reduzido com outras medidas mais simples até que os objetivos de longo prazo sejam alcançados.

  • Objetivos contínuos. Treine periodicamente trabalhadores novos e experientes ​​(o melhor plano de biosseguridade é inútil se a equipe não entender) e avalie sua própria biosseguridade realizando auditorias internas e externas.

Imagem 1.
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A melhoria da biosseguridade é e continuará a sendo um processo contínuo nas granjas e empresas. A avaliação e organização das mudanças é essencial para alcançar o sucesso.

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